Em uma manhã fria, Stephanie Dagenhart estava passeando em um parque de Baltimore (Maryland, costa leste dos EUA) com seus dois cachorros quando encontrou Duke. Ele estava amarrado em uma árvore, com alguns brinquedos e um bilhete que tentava explicar os motivos do abandono.
Ao se aproximar do cachorro, Stephanie acreditou que ele estava perdido, já que o animal estava alinhado e parecia bem de saúde. Somente depois de encontrar o bilhete é que a mulher americana de 32 anos tomou conhecimento da triste história de Duke.
O abandono
Stephanie é uma professora da educação básica e trabalha na rede pública de Maryland. Ela vive com dois cães resgatados em canis de Baltimore e passeia com eles diariamente. Era uma manhã gelada, mas, mesmo assim, a americana fez questão de garantir o exercício dos peludos.
Em uma alameda do parque, ele avistou um grande cachorro branco a certa distância: Era Duke. A professora imaginou que ele tivesse se perdido, mas, ao chegar mais perto, ela notou que o animal estava amarrado com a corrente em uma árvore.
Duke estava tremendo de frio e parecia muito assustado. Stephanie ficou um pouco atordoada, olhando para todos os lados, tentando encontrar alguém que pudesse ser o tutor do cachorro. Ela não queria acreditar no abandono.
O cachorro estava junto a alguns pertences: brinquedos, uma caixa e uma tigela de ração. Na coleira, Duke portava um boneco Natty Boh, personagem de uma cerveja local fabricada há quase 150 anos, que acabou se tornando símbolo da cidade.
Cerca de três metros distante do cachorro, Stephanie encontrou o bilhete caído no gramado, que explicava a situação de Duke. O antigo tutor dizia que não tinha condições financeiras para cuidar do cachorro e esperava que uma família amorosa e responsável o adotasse: “Ele precisa de alguém para amá-lo”, resumia a mensagem.
A professora ficou receosa de se aproximar de Duke, por causa dos seus dois cães. Ela telefonou para o namorado, pedindo que ele viesse buscá-los e, em seguida, acionou o serviço de emergência local (911). Enquanto os cães de Stephanie eram levados para casa, ela ficou ao lado do cachorro abandonado, esperando o socorro.
Duke estava assustado e enregelado. Ele chegou a rosnar quando a professora tentou se aproximar; sozinho e perdido, ele não devia estar entendendo nada do que estava acontecendo e naturalmente estava apavorado.
Stephanie sentou-se em um banco ao lado da árvore e aguardou a chegada dos oficiais de polícia. Enquanto esperava, a professora tirou fotos de Duke e postou nas redes sociais, incluindo um resumo da situação, na esperança de localizar os tutores.
O acolhimento
Os policiais chegaram ao parque 50 minutos depois da chamada de Stephanie. Durante todo esse tempo, ela tentou sem sucesso obter alguma informação sobre Duke. Dez minutos depois, um funcionário do serviço de controle de animais veio recolher o cachorro.
A professora deixou Duke aos cuidados dos oficiais e da equipe de resgate, mas se manteve em contato para tentar encontrar uma família adotiva para o cachorro, que foi levado para o Baltimore Animal Rescue and Care Shelter (BARCS, uma brincadeira com “bark”, que significa “latir”).
Nos primeiros dias no BARCS, Duke permaneceu isolado e mostrou-se um pouco agressivo, exatamente como tinha se comportado em relação a Stephanie: durante o tempo em que passaram juntos no parque, o cachorro não permitia que ela se aproximasse.
Mesmo assim, a professora estava confiante em que a equipe do BARCS cuidaria bem do cachorro. Ela continuou postando textos e imagens do cachorro abandonado no parque, mas não encontrou nenhuma pista. É provável que ele tenha sido trazido de fora da cidade, porque nenhum internauta ofereceu dicas sobre os possíveis familiares.
Finalmente, o cachorro abandonado conseguiu compreender que estava seguro no abrigo. Pouco a pouco, Duke deixou de ser arisco e agressivo, mostrando a sua real personalidade: um amigo leal e brincalhão. Ele conquistou muitos fãs no BARCS, entre funcionários, voluntários e visitantes.
Duke ainda permaneceu confuso com a situação, mas recuperou a capacidade de confiar nos humanos, ao perceber que era objeto de cuidados e de muita atenção. De qualquer forma, o peludo não precisaria ter passado por essa experiência triste.
Nos EUA, assim como no Brasil, abandonar cachorros, gatos e outros animais de estimação é crime, com multas e penas de reclusão para os autores. Além disso, mesmo deixando um bilhete comovente e os objetos preferidos do peludo, o antigo tutor não deveria tê-lo abandonado.
Já que ele se deu ao trabalho de levar Duke até o parque, poderia simplesmente tê-lo entregado no BARCS ou em outro abrigo de Baltimore. Muitos contratempos podem levar tutores a terem de se desfazer dos seus pets, mas o abandono nunca é solução.
Duke foi avaliado pelos veterinários, que não constataram nenhum problema físico: ele tinha apenas alguns transtornos emocionais, decorrentes do abandono. O cachorro foi colocado para adoção e, logo depois das primeiras imagens publicadas nas redes sociais de BARCS, surgiram diversos pretendentes.
Esta é mais uma história sobre cães abandonados, mas todas elas são comoventes e merecem ter um final feliz. O cachorro finalmente foi adotado por Wallace White, um oficial do exército dos EUA. Duke tem um “lar, doce lar” para sempre.
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Fonte: Cães Online
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